HISTORIAR
Olá pessoal, criei este blog para utilizarmos como mais uma ferramenta de estudo no aprendizado de História. Espero que vocês me ajudem a desenvolvê-lo. Abraço! Professora Mirna.
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
O RENASCIMENTO
O Renascentismo, também conhecido como Renascimento ou
Renascença, é o período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, que
ocorreu principalmente na Itália, e se alastrou por toda a Europa. Importantes
acontecimentos artísticos e culturais marcaram esse momento, e invadiram o
ocidente do século XV. O desenvolvimento das artes, da ciência, da economia e
da política fez adormecer na eternidade os pensamentos medievais.
O desenvolvimento comercial, o início das grandes navegações
e a agitada atividade cultural do ocidente fez nascer um sentimento de
humanidade, em que as ações fossem voltadas para o homem. Esse pensamento já
vinha se transformando desde o enfraquecimento da Igreja Católica, que
praticamente dominava toda a cultura na Idade Média com uma visão teocêntrica.
Inicialmente, esse sentimento humanista partiu de uma elite,
formada por intelectuais ricos, que buscavam na antiguidade, principalmente na
cultura greco-romana, o ideal perfeito de civilização. Os movimentos dessa elite,
porém, refletiram em todo o ocidente, e mudaram as concepções de sociedade, de
cultura e de religião da época. O período do Renascimento é considerado entre o
fim do século XIV e início do século XVII.
Várias mudanças foram observadas nesse período. A mudança
mais lembrada é na área das artes, mas outras foram tão importantes quanto
essa. O principal ponto que caracteriza o período Renascentista é o
antropocentrismo, em oposição ao teocentrismo observado na Idade Média.
Quando a Igreja Católica dominava todas as áreas da
sociedade, fazia disseminar a crença de que Deus era o centro de tudo, e era a
única verdade que o homem poderia encontrar. Com o Renascimento, buscou-se
compreender o homem como centro de todas as ações, e que a verdade só seria
encontrada através da experimentação e observação. Nascia aí um pensamento
científico que estivesse desconectado da explicação mítico-religiosa da igreja.
Na Idade Média, a vida material deveria ser ignorada, em
detrimento da busca pela eternidade. O corpo deveria ser disciplinado e
controlado para manter as virtudes da alma. Para os renascentistas, a vida
terrena também era importante, e o homem deveria buscar o prazer de viver e a
beleza da natureza em que ele está inserido.
Outra questão que passou por modificações foi o sentimento
de conformismo da Idade Média. As pessoas aceitavam qualquer situação de forma
passiva, sem questionamento, movidas principalmente pela crença no caráter
incontestável das coisas. Já no Renascimento, o conceito de fé era considerado diferente
do conceito de razão, e as pessoas passaram a acreditar no progresso e na
possibilidade de mudanças.
Além de um período marcado por grandes mudanças no
pensamento, o Renascimento trouxe um contexto cultural muito rico. A facilidade
de impressão e ilustração favoreceu a proliferação de textos. A valorização do
homem na sua individualidade influenciou a arquitetura, a escultura, a
literatura e principalmente a pintura.
As pinturas buscavam retratar com realismo as diferentes
formas humanas, a beleza dos corpos, e a sensualidade, diferente das pinturas
padronizadas, reguladas pela Igreja Católica. Um dos quadros mais famosos do
Renascimento é a Monalisa, de Leonardo da Vinci, exposto atualmente no museu do
Louvre, em Paris.
Os princípios de matemática e geometria também eram
utilizados nas pinturas, proporcionando noções de profundidade e perspectiva às
obras. O uso de tons claros e escuros favoreciam essa técnica, e ajudavam a dar
o volume dos corpos em relação aos objetivos vistos à distância. Os quadros
passaram a se tornar elementos independentes, não apenas para decorar ambientes
ou como detalhes arquitetônicos, mas para serem apreciados como manifestações
independentes da arquitetura.
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